Thursday, October 31, 2013

Se me quiseres conhecer

"Se quiseres compreender-me

vem debruçar-te sobre minha alma de África,

nos gemidos dos negros no cais

no batuques frenéticos dos muchopes

na rebeldia dos machanganas

na estranha melancolia se evolando

duma canção nativa, noite dentro..."

Noémia de Sousa p. 181

Aqui Noémia de Sousa usa uma linguagem bem forte para estressar o desentendimento que as pessoas têm ao respeito o povo Africano. Na história do mundo há poucos povos que sofriam e continuando sofrendo como as pessoas de África. Para mim esse poema fala dos perigos de tentar classificar um povo de vez. Muitas pessoas estão tentando ajudar com a situação na África, mas Noémia parece dar um advertência, que antes de entrar, pensando que sabe de tudo, e fazendo coisas para melhorar a cultura, devemos procurar entender bem a situação de qual os Africanos vêm.

Enquanto isso se aplica aos Africanos, também aplica a diversos povos. Em nosso mundo um das maiores dificuldades vem da tensão entre culturas. A guerra no oriente médio é um exemplo perfeito disso. Ambos os lados pensam que sabem melhor do que o outro e as pessoas estão levadas pelo ódio e mal comunicação. A mensagem maior do poema do Noémia de Souza aplica ao mundo inteiro nessa época de post-colonização. Se queremos levar o mundo para frente, devemos nos empenhar em sobrepujar o sentimento que uma nação está certa, enquanto outra é inferior. Temos que acabar com o racismo, nacionalismo e perceber que todos têm qualidades importantes.


O fato de que Noémia de Souza usou de um poema para descrever essa idéia é muito importante. O estúdio das humanidades é tão importante porque nos ajuda entender as outras pessoas. O autor entendeu que um poema tocante vale mais do que uma revolução porque tem o poder de mudar a mente do povo. Dá um coisa de pode ajudar os outros ver um novo ponto de visto. Por isso acho esse poema bem-sucedido. Me ajudou sentir um pouco do que o povo Africano está passando. Devemos todos procurar essa visão. Se não fizermos, o mundo vai ficar do jeito que está.

Thursday, October 24, 2013

A Subjectividade de viver

"When you say, for example, "I hate labels. I'm not part of that GenX group, I'm unique," you're really not abandoning labeling at all. You simply trade one label (GenXer) for another (unique dude). You may like one label better than another, but you can't simply deny the act of labeling."
Jefferey Nealson & Susan Giroux, The Theory Toolbox, p.47
    Essa idéia tocou profundamente para mim. Eu sou uma pessoa que gosta de sair do normal. Ou pelo menos acho que gosto de sair do normal. Essa capítulo me ajudou a ver a influência a que a sociedade tem sobre nos, querendo ou não. O simples fato de reconhecer que existe um normal que uma pessoa pode deixar significa que essa cultura já tem influencia sobre nos. Se realmente não importava se formos parte de um certo grupo ou não, as pessoas teriam nenhuma motivação para participar em algum aspecto da vida. Na verdade, sem uma influência de nossa cultura seria difícil ter propósito em viver. 

É muito importante reconhecer quando estamos interpretando a cultura, e quando estamos sendo influenciados pela mesma. De um lado, quando estamos tentando entender uma peça de literatura ou uma pessoa de outro país, pode ser muito útil reconhecer essa barreira. Dessa maneira podemos tentar entender coisas pelas quais nunca passamos por nos mesmos, e assim ser mais diverso. Sinto que o oposto também pode acontecer. Algumas pessoas usam esse fato para se segregar dos outros. Elas pensam que se não é do jeito que elas reconhecem ou gostam, que é de alguma forma errado, ou estranho. E esse tipo de subjetividade que causa racismo e guerra. É importante reconhecer diferenças mas não ser governados por elas.
   
É verdade que todos nos somos influenciados por nossa cultura. Como o livro diz até o ato de falar alguma coisa nos coloca numa certa cultura. Mas creio também que é importante saber que somos agentes á nos mesmos, para agir e não para receber ação. Creio que isso faz parte do mandamento do Senhor para estar no mundo sem ser do mundo. Essa idéia de subjetividade é muito útil a medida que reconhecemos que não é desculpa por fraqueza nem justificação por orgulho. Feito na maneira certa, a interpretação de subjetividade pode nos ajudar entender e servir outras pessoas.

Thursday, October 17, 2013

Círculo Vicioso

Círculo Vicioso

Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:

- Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?

Machado de Assis, p. 138


             O que é que nos faz felizes? A poema mostra como não importa aonde nos nos achamos, sempre queremos estar em outro lugar. O poema explica esse sentimento complexo através de várias formas poéticas. Em verdade, esse sentimento de mal contentamento é um círculo. A maneira em que o próximo pensamento começa no último verso de cada estrofe na faz pensar no circular. Até o último verso do poema na leva de volta para o início.
   
Machado de Assis também usa de um sistema de rima redondo em cada estrofe. Para mim, esse técnico acelera o ritmo do poema cada vez mais. Parece que cada estrofe é menor do que o primeiro. Isso contribui ao senso de mal contentamento e velocidade. Talvez a técnica mais importante seja a personificação. Penso que por ser escrita do ponto de vista de objetos não humanos nos faz levar sério o conto. Isso poder aparecer contraditório, mas enquanto eu estava escrevendo minha redação sobre o cartomante, percebi que as pessoas têm dificuldade ver problemas sobre si mesmos por causa do ponto de vista subjetiva. O fato de Macho de Assis usar o sol e vaga-lumes e coisas assim nos permite sair da situação e fazer uma evacuação melhor de podemos aplicar à nos mesmos.

Como temos vistos em vários contos como A ilha desconhecida, A cartomante, A Baile Verde etc. muitos de nossos problemas sugerem porque não estamos felizes em nossas circunstâncias presentes. Macho de Assis aqui está fazendo comentário que não importa aonde estejamos, é mais nossa atitude. Nada realmente muda ao trocar lugar com alguém. Somos todos humanos e a maior tarefa que temos e aprender como ser feliz onde estamos.

Thursday, October 10, 2013

O Medo do Futuro

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Tudo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.

...

E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto,

Que não se muda já como soía."

Luís Vaz de Camões p. 136

      Este texto teve um impacto grande sobre me por causa da tema de mudança. Eu estou numa situação de muita mudança e busca e minha vida agora. Por causa das coisas que estão mudando a cada dia eu freqüentemente sinto estresse e até medo do futuro. Essa poema captura um pouco desse sentimento de inseguridade. É não é bem um medo, porque tenho confiança que tudo vai se alinhar eventualmente, mas encara um sentimento aqui que pode ser difícil a descrever com palavras.

      O poema trata de uma maneira maravilhosa o efeito do tempo nas coisas que percebemos. Muitos anos depois de um evento sempre temos saudades dos tempos bons. Isso pode nos levar a pensar, por que as coisas não são assim agora. Isso pode ser perigoso porque nos leva a viver no passado. Também pode criar um certo senso de receio enquanto o futuro. O poema aborda o conceito que nos seres humanos temos medo do desconhecido.
  

     A mensagem geral que peguei é que embora que tudo sempre está mudando, estamos muitas vezes lutando para recapturar ou manter o passado. A mudança que vem nos dá um tipo de medo porque nunca sabemos o que virá ou exatamente como encará-la. Como diz no livro The Great Gatsby somos como barcos, sempre levados para o passado pelas ondas de tempo. Para mim, esse poema me ajuda encarar esse medo e confrontá-lo numa maneira informada. Claro, que mudança é constante, mas tão como virá tempos difíceis, também virá os bons.

Thursday, October 3, 2013

O Perigo da Autoridade


“Vem já, já, à nossa casa. Preciso falar-te sem demora.”
-A Cartomate, Machado de Assis p. 17 

Ao primeiro olhar, a história A Cartomante parece falar dos perigos de infidelidade, mas mais que isso, essa história realmente mostra que as pessoas escolhem o que preferem acreditar, mesmo sabendo a verdade. Através de vários técnicos literárias Machado de Assis coloca o leitor numa posição a ver quão dispostos somos abandonar a lógica pelo desejo. Mudamos os sentidos das coisas para nos agradar. Nesso conto Machado de Assis mostra isso a forma de o perigo de tirar a autoridade de um autor.
Vemos como as pessoas tiram a autoridade do autor para criar um significado mais agradável. Quantas vezes temos vistos alguma placa de advertência ou instrução mas não obedecemos porque achamos que não aplica a nos? De alguma forma estamos tirando a autoridade da pessoa que colocou aquela placa e criando nossa própria significado. Muitas vezes isso acontece também com a literatura. Como discutimos na aula, depois de um documento sai das mãos do autor, as pessoas são livres da maneira que quiserem. Isso pode ser uma fonte de muitas idéias novas e aprendizado, mas também pode ser perigoso. Se as pessoas ignoram todo o contexto original e tiram uma conclusão que tem nada ver com o texto, pode criar muitos problemas.
Esse idéia se manifesta muito na Cartomante. Várias vezes o Camilo recebe algum documento escrito, prevenindo desastre, mas ele escolha acreditar de sua própria maneira e sofre as conseqüências. Quando Camilo recebe a primeira carta anônima falando que seu adultério era sabido de todos, sua primeira reação foi de ter medo. E isso é como ele deveria ter sentido! O tom do autor era amaciante no máximo e claramente mostrou as conseqüências de continuar. Porém, depois de falar com a Rita, ele mudou o significado da carta. Por que ele amava a Rita e ela colocou confiança na cartomante que tudo iria bem, ele tirou a autoridade do autor dessa carta e escolheu acreditar que não era de muita importância. Logo em seguida o Camilo nos mostra um segundo exemplo desse princípio. Um tempo depois de receber a carta anônima, ele recebe um bilhete de Vilela com as palavras infames: “Vem já, já, à nossa casa. Preciso falar-te sem demora.” Mais uma vez a primeira reação do Camilo foi de terror. Ele sabia claramente da culpa dele e reconheceu a voz acusadora no bilhete, mas não quis que fosse verdade. Por que ele não queria perder nem a Rita, nem o Vilela, ele mais uma vez tirou a autoridade dessa carta ele colocou seu próprio sentido (que nesse caso tinha nada ver com o intento real o autor). Por que ele decidiu tirar suas próprias conclusões, sem nenhuma justificação textual, acabou perdendo a vida.