Thursday, November 21, 2013

A Crônica do Dedé Cospe-Rima



A Cruz Silenciosa:
Hoje de manhã vi uma coisa curiosa. Quando cheguei a praça da igreja para entregar minha literatura para o povo, observei um homem sentado na escada da igreja ao lado de uma cruz. Como um autor prolífero de literatura religiosa, eu fiquei ponderando a cena. Quase pareceu um profeta direito da bíblia! Claro que seu causo poderia ser adiantado por um poema meu, então resolvi falar com ele. Imagina minha supressa quando ele recusou cada favor que ofereci a ele! Ficou falando de um burro e como ninguém realmente compreendeu o que ele estava passando.
Claro que ele perdeu uma oportunidade maravilhosa de ser elogiado por meu verso, mas mais que isso, comecei a sentir pena do homem. Comecei a ver que ele carregava uma cruz pesada, não só fisicamente, mas também na alma. É claro que este homem estava passando por algo difícil para fazer uma tal promessa e depois ficar magoado com a oferta de ajuda. Percebi que o que estava danando ele era a falta de ele abrir para outras pessoas. Muitas na vida quando passam por dificuldades acham que estão sozinhos e ninguém mais consegue entender. Eles recuam de falar com outras pessoas e guardam tudo dentro de si. Por minha experiência, isso pode ser muito perigoso.
Eu penso que a melhor maneira de enfrentar dificuldade é aceitar a ajuda dos outros. Ninguém, nem eu, sabe de tudo e o mais que a gente se abre, o mais os outros podem ajudar. Por isso faço poesia. Consigo colocar minha alma no papel. Isso não só me ajuda, mas também todas as pessoas que leem meu poesia. Por isso ofereci minha ajuda a ele, mas infelizmente não a aceitou. Espero que tudo fique bem com aquele rapaz. Talvez eu deveria escrever um abecê do homem com a cruz.

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